Vinil de Quinta: websérie sobre discos de vinil estreia em 21/ 10

Foto: Monica Ramalho

Nesta quinta-feira, 21 de outubro, Dia Nacional da Música Popular Brasileira, estreia a websérie “Vinil de Quinta”, que vai mergulhar no universo dos disco de vinil – mídia considerada retrô, mas que nunca perdeu seus colecionadores fieis e vem ganhando cada vez mais ouvintes apaixonados. Dirigida por Isabel Seixas (Estúdio M’Baraká) e Leo de Souza Santos (Pressa Filmes), com curadoria de Eduardo Botelho e Pedro Diniz, a série de 12 episódios vai destacar gêneros musicais ligados ao Rio de Janeiro, como o samba, a bossa nova, o rap e o funk cariocas, além dos movimentos Tropicália e Black Rio. São seis encontros, com dois episódios por tema. (Veja o cronograma abaixo).

O foco da Vinil de Quinta é o bolachão e suas extensões. “Pensamos em valorizar o que está para além dos discos, que flerta com a história da nossa cidade e mesmo do país, que revela encontros, que mostra a interrelação entre as artes, que fala também sobre nossa sociedade e, claro, celebra a música como expressão e o objeto, vinil, como algo que inclui afeto e memória, além de apresentar um rico repertório de referências musicais para o público”, resume Isabel.

A websérie é apresentada pelo DJ, pesquisador musical e comerciante de elepês Flávio César, recebe os convidados para um bate-papo, cujo ponto de partida é o LP. Na estreia, Manoel Filho fala sobre samba; na sequência, Cristiano Grimaldi mergulha na bossa nova; depois, a DJ Tamy aprofunda no rap; a DJ Grazi sacode o funk; Jailson Discotecário balança a Black Rio; e o curador Pedro Diniz colore ainda mais a Tropicália.

Cada programa passeia pelo repertório de 20 elepês, em média. O episódio inaugural, por exemplo, começa com o susto do apresentador ao ver a pilha de elepês que o Manoel levou à filmagem. “Não tem como falar de samba trazendo só 15 discos. Tem pagode, partido alto, gafieira, tem uns crossovers, palavrinha em alta”, explica ele. Em seguida, só elepê da pesada, como “Canta canta, minha gente” (RCA Victor, 1974), do Martinho da Vila, “Espelho” (EMI, 1977), do João Nogueira, e “Samba minha verdade, samba minha raiz” (Odeon, 1978), de Dona Ivone Lara.

“Esse sempre foi o propósito do Vinil de Quinta: (re)introduzir discos para que as pessoas ouçam, seja nas plataformas digitais, seja nas suas vitrolas, mas preferencialmente nas vitrolas”, pontua Pedro. “Ao mostrar essas referências e coleções, esperamos que as pessoas queiram escutar sons diferentes, pesquisar, sentir vontade de ampliar os seus repertórios musicais”, completa Eduardo.

A websérie não é um inventário sobre esses gêneros e movimentos – e nem poderia ser. Ela pretende motivar os ouvintes com dicas e referências para que qualquer um possa ampliar as suas inspirações musicais. E, quem sabe, começar ou aumentar a coleção de vinis – dizem que, uma vez iniciada, é impossível parar!

“Queremos fomentar uma cultura de apreciadores de discos. As músicas, a gente indica… Agora, se o público vai ouvir digitalmente ou no vinil… Bom, depois dessa websérie, a gente suspeita que todo mundo queira um toca-discos e saia por aí caçando bons vinis”, reverberam, em uníssono, os criadores do VINIL DE QUINTA.

A edição de todos os episódios é de Terêncio Porto, diretor e editor que ficou conhecido pela criação da premiada série Larica Total.

 

 

 

 

ACOMPANHE QUANDO CADA EPISÓDIO ESTARÁ NO YOUTUBE:

Dia 21 de outubro – SAMBA, com Manoel Filho
Dia 28 de outubro – BOSSA NOVA, com Cristiano Grimaldi
Dia 4 de novembro – TROPICÁLIA, com Pedro Diniz
Dia 11 de novembro – BLACK RIO, com Jailson Discotecário
Dia 18 de novembro – RAP, com DJ Tamy
Dia 25 de novembro – FUNK, com DJ Grazi